quarta-feira, 1 de maio de 2019

ENTER THE MARVEL


Comecei a acompanhar o universo Marvel pelos quadrinhos depois de uma de minhas idas a uma banca de jornais e revistas perto de minha casa que eu costumava frequentar para admirar as novidades em quadrinhos. Eu chamava de "a banca do véi", porque o dono era um velhinho, o Seu Raimundo. Quando eu chegava na banca, o véio devia fumaçar de raiva. Eu passava um tempão pedindo pra olhar os gibis. Eu pedia, ele pegava pra mim, eu olhava, folheava, devolvia pro véio e pedia pra olhar outra. Esse processo se repetia trocentas vezes, o véio ficava puto. Ele costumava falar: "Diga, menino que olha muito e compra pouco, o que você quer?".
O ano era 1986, eu tinha 9 anos de idade e morava em Taguatinga, Distrito Federal. Passei os olhos rapidamente em todo acervo de quadrinhos da banca e um dos gibis chamou minha atenção: a ilustração da capa tinha o Hulk segurando uma gigantesca rocha (que nem cabia na capa de tão grande) para evitar que vários outros heróis, caídos e aparentemente feridos fossem esmagados.
A revistinha custava Cz$ 5,00 (cinco cruzados), nesta época o salário mínimo era de Cz$ 804,00. Consegui a grana com meu pai, comprei o gibi e li tudo num tapa. Tinha só 32 páginas, era fininha, mas a história me prendeu. Um monte de heróis e um monte de vilões se enfrentando numa terra desconhecida por ambos os lados.  

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