quarta-feira, 1 de julho de 2020

FIGURINHAS CALAFRIO



Este álbum de figurinhas foi um de meus preferidos. “Figurinhas monstruosas transadíssimas” e “um horror de coleção”, com estas chamadas FIGURINHAS CALAFRIO chamava para si a atenção da molecada. 


FIGURINHAS CALAFRIO foi lançado em 1989 pela Multi Editora e contava com 220 figurinhas. Como o nome do álbum indica, a temática do álbum era uma coletânea de imagens horripilantes relacionadas ao universo do terror, como caveiras, monstros, etc.


O álbum tinha até comercial na TV. Decerto porque a Multi Editora não trabalhava com gibis como a Editora Abril. A Abril podia se dar ao luxo de anunciar os álbuns de figurinhas por ela lançados nos gibis que ela própria publicava.


O plano de fundo das páginas era ilustrado com figuras horrendas como morcegos, lobisomens, monstros aquáticos, árvores secas, dragões, demônios, monstros humanóides com clavas, lanças ou outras armas nas mãos e corpos decapitados. 



Estas cenas dividiam espaço com as figurinhas, que traziam dois tipos de imagens: 1) monstros cartunizados acompanhados de frases cômicas ou 2) seres grotescos, porém desenhados de forma mais realista, como serpentes, águias, unicórnios, dragões e em sua grande maioria, caveiras.



Os colecionadores deste álbum eram unanimemente, meninos. Lembro que as meninas não gostavam nadinha desse tipo de figurinhas. Preferiam aquelas mais afrescalhadas tipo "Ser Feliz", "Amar é" , etc.

ÁLBUNS DE FIGURINHAS


Quando eu era moleque, adorava colecionar figurinhas. Na verdade, gosto até hoje. Tive trocentos álbuns diferentes, mas nunca completei nenhum. 



Pra mim isso era o de menos, eu gostava mesmo era de colecionar, ainda que não conseguisse todas. Comprando ou trocando por figurinhas repetidas, sentia prazer neste processo sem fim, que é colecionar coisas



De álbuns toscos com desenhos mal feitos que davam prêmios quando a gente completasse as figurinhas de tal página (nunca ganhei prêmio nenhum...), passando por figurinhas sobre animais, dinossauros ou o tema que fosse, que vinham nos chocolates Surpresa, chegando em figurinhas que vinham em chicletes. O que me chamasse atenção, eu colecionava.



Hoje, não vejo nas crianças tanto interesse em colecionar figurinhas em álbuns como vi outrora. Acho uma pena, pois o colecionismo proporciona à criança em formação diversas oportunidades de exercitar habilidades que serão importantes no futuro, como desenvolver a capacidade de relacionamento interpessoal, a oralidade, a capacidade de negociação, organização (vixe, já tô falando igual professor...) e por aí vai. 




O que muita gente não sabe é que existe um mercado bastante lucrativo para este tipo de material: os leilões de álbuns antigos. Comunidades especializadas compram, vendem e trocam álbuns e figurinhas na internet. E existem colecionadores dispostos a desembolsar uma boa grana para ter em mãos esse tipo de material.

O álbum acima, por exemplo, foi vendido por R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) há algum tempo no Mercado Livre. E olha que é um dos mais fajutos, hein... no entanto, não é a qualidade gráfica ou estado de conservação que determina o valor deste tipo de material e sim sua raridade. Quanto mais difícil for de achar, mais o preço vai pras alturas. Se você já colecionou figurinhas décadas atrás e tem algum álbum de figurinhas guardado em suas tranqueiras, pode ter um tesouro em casa e não sabe.

Vou dedicar algumas postagens neste blog a álbuns de figurinhas que tive durante a infância e adolescência.